Grupo da UFSCar implanta jardim sensorial para o ensino de Botânica
Jardins sensoriais, utilizados como ambientes não formais de ensino, além de proporcionarem o resgate dos sentidos humanos e um contato mais próximo a natureza, aguçam a percepção e podem contribuir com o aprendizado. No Câmpus Lagoa do Sino da UFSCar, o grupo de estudo "Pesquisa e Extensão Universitária em Fisiologia Vegetal" (PExFisio) vem desenvolvendo estudos sobre o uso do jardim sensorial como espaço não formal de ensino em Botânica.
Daniel Baron, professor do Centro de Ciências da Natureza (CCN) e coordenador do grupo, diz que o jardim sensorial "representa a oportunidade de observarmos a complexa e instigante vida das plantas em ambientes urbanos, especialmente em locais com reduzida área verde por metro quadrado".
Recentemente, o grupo analisou a utilização de um jardim sensorial implantado no Câmpus Lagoa do Sino junto a estudantes de 13 a 15 anos da rede pública de ensino. Espécies vegetais com características morfológicas específicas pertencentes a diferentes famílias botânicas foram introduzidas em um ambiente não formal de ensino - nesse caso o jardim sensorial - e, com o uso de QR Code, as informações foram transmitidas auxiliando no processo de ensino e aprendizagem dos jovens.
Os resultados mostraram que a integração entre o jardim sensorial e as tecnologias adequadas, no caso o QR Code, foi capaz de contribuir e otimizar o aprendizado dos estudantes. Os resultados foram publicados em periódico científico e também na forma de boletim didático de ensino.
Para Baron, o jardim sensorial se apresenta como uma ferramenta didática em Botânica na educação de jovens e adultos, acessível à sociedade como um todo, podendo ser implantado em escolas, praças e ambientes públicos com baixo custo de investimento. "Busca-se, assim, superar a 'cegueira botânica' e dar à luz a importância dos vegetais em nossa vida", conclui.